sábado, 7 de junho de 2008

As espécies da minha terra - parte 1


"O gentleman"



E para quem achava que o cavalheirismo e as boas maneiras estavam em vias de extinção , eis a prova viva que……é mesmo verdade.
Esta espécie cómica, que por sinal é meu vizinho reúne num só ser tanta estupidez que se torna carismático.
Começo por descrever a peça, sim porque para quem espanca a mulher e é o machão da zona, o cabedal é importante.
Ora, o daozinho no alto do seu metro e meio e dos seus 45kg possui um bigode farfalhudo, o sempre presente chapéu à Frank Sinatra , cigarrinho no canto da boca, calças e casaco 3 tamanhos acima e a sua característica maneira de falar repleta de xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

É certo e sabido, e audível também que o daozinho bate na mulher. Mulher esta que tem o dobro do seu tamanho e 3 filhas maiores de idade, mas o daozinho continua a bater-lhe e são vários os motivos. Sei por exemplo do dia em que foi acordar a mulher as 2h da manha pa lhe bater porque o carro não cabia na garagem, e tendo em conta que a garagem tem tamanho normal e o carro é daqueles papa reformas, tem toda a razão em estar indignado por não conseguir enfiar lá o carro.

Também me lembro perfeitamente do dia em que o daozinho estava aos berros com a falta de luz, e veio-se a saber no dia seguinte a razão da fúria “queria bater na mulher e não conseguir ver”.

E perguntam vocês porque estou eu a gozar com a pobre mulher que leva porrada dum marido insignificante?! Porque ela gosta!! Gosta, é verdade!

Há toda uma panóplia de histórias que demonstram o cavalheirismo deste ser, vou só referir uma delas.
O senhor é chegadinho à pinga e depois enerva-se e desata a acelerar na sua zundap kitada, para demonstrar a sua virilidade.
Há uns anos, em frente a minha casa havia um campo com um fosso cheio de silvas.
O dão no seu tardio regresso a casa, e vá-se lá perceber como, despistou -se. A mota foi parar ao buraco das silvas e ele ficou estendido no meio da estrada.
Ouvimos o barulho, pensámos co senhor estava morto….ao que ele se levanta como se nada fosse saca do cigarro “xxx extouuu bemxxxx” e vai-se embora, perante o olhar de estupefacção dos preocupados vizinhos.

Ah ta!!!
Voltamos para casa!
Até aqui poderia simplesmente ter sido uma história de sorte, mas tornou-se uma história de amor, dedicação e submissão.
Eram as 4h da manha, vi eu, e estava a senhora esposa a descer com um carrinho de mão em direcção ao campo, onde tinha acontecido o acidente, a chafurdar nas silvas para tirar a moto, e leva-la de regresso a casa onde o marido dormia como um anjinho.

Isto não é lindo??

J*y



4 comentários:

Anónimo disse...

Já te disse...um dos teus melhores posts de sempre...PG é assim...:D

Plim*

Anónimo disse...

Caramba, ngm comenta isto pah???

Tá tao lindo :D

Desforrem-se:P

Plim*

aquele.que.escreve disse...

Tá mt bonito, uma historia de vida...o cavalheirismo que um demonstra ao outro...ele bate-lhe porque ela gosta, e ela agradece-khe indo buscar a mota ás silvas,..fossem todos assim e o mundo era bem melhor...

Anónimo disse...

continua more com as descriçoes dos habitantes de PG...ha de chegar o dia em q fazes um post sobre a beleza de aparelho colorido q vagueia pelos campos de milho e pina desalmadamente...

"tenh oubisto dizer fora da bouuuuçaa"