segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E era tudo mais fácil...

Era tudo bem mais fácil se fugíssemos, se nos escondêssemos de nós...
Era tudo mais fácil se nos submetessemos ao caminho que nos oferecem, traçado, por linhas doutrém...
Era tudo mais fácil se não quisessemos desenhar o nosso caminho e nos alienássemos ao contingente e inflexível...
Se não percorressemos os caminhos com cheiro de bruma, as encostas que não deixam transparecer o outro lado do sol...se nos contentássemos de um emaranhado de saudações insaudosas que pensamos serem nós...
Era tão mais fácil se fugíssemos, nos escondêssemos de tudo...
Era tão mais esperado sermos quem seria óbvio que fôssemos...e é tão mais estríbulo, extremo, estrepitoso, pulsátil, libertador, exaustivo não o sermos..
...exaustivo de transparecer, de enchotar, de abrir defesas e quebrar as rédeas que nos impõem e nos impusemos...
E é tão mais difícil sermos nós, mas tão melhor ser eu.

E é tão difícil sobrevoar, rever-nos, tocar-nos sem que de toque se conste..e é tão difícil fissurar-nos e descermos à terra...e às vezes dói por o fazermos, ou por não o fazermos...e às vezes não dói, a latência esconde-se, abrem-se janelas e voa-se...

Aos destinos voláteis e tactificados..em que os pontos dirão o que por trás se eleva..levemente, como se de espreguiçar se tratasse...

Plim***

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