quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Couvinhas roxas*

Passam anos a impingir-nos sebentas, livros, artigos e "textinhos interessantes"...acho que já nem tenho bem conta da quantidade de informação que entalei e encurralei no meio de duas sinapses e que, com tanta insistência, consegui manter por mais de 72horas acessíveis e utilizáveis.

Já nem me lembro do nome de metade, nem do sentido de metade, se bem que o geral por cá deixou alguns traços..
..mas ninguém nos ensinou a lidar com isto.

Bateu em cheio, caiu e fez um som oco em surdina...
Hoje estava mais vazia, tão vazia..silenciosa. Os pimentinhas estavam sonolentos, qual austeros..pressentiram.
Tive saudades do teu som pesaroso a respirares..ou a tentares.
Prenderam-se duramente umas lágrimas que se engoliram em seco, mas ninguém ali se mentia..só os olhares fugavam.

Faz amanhã uma semana, mas ainda não desceu da fronteira entre a cricóide e a traqueia..e vai custar a ser empurrado, pressinto...

Ainda ninguém percebe o real sentido de vocês estarem cá..há algumas suspeições de estarem a olhar por nós e a acalmar-nos aquilo que o mundo nos faz..e espero e quero que seja um desses sentidos, para que as nossas angústias sejam acalmadas.

E sempre que vir uma couvinha roxa, vais andar por cá...


Plim***

Sem comentários: