segunda-feira, 27 de julho de 2009
Despolarizem-me Loucamente!!!!!!!
Pah, tão a ver daqueles dias em que somos trespassados por um vipe de lucidez, que nos empurra e espeta contra a parede e nos arranca as écharpes e as coisas bonitas que nos habituamos a usar incontornavelmente todos os dias, porque fica bonito?
Pronto, hoje tive um desses momentos de lucidez!
E fico a fervilhar cada vez que tenho um…a fervilhar porque volto a ter o gostinho de felicidade que tive diariamente, ao acordar, durante pelo menos 3 anos…e faz-me sentir pessimamente por já não o ter!
Vem a dualidade do: agarra-te agora a ela e não a deixes mais fugir…mas depois intercala-se com o: dasse, porquê que agora és uma frustrada acomodada e que tenta ser socialmente bonitinha, hein?
Como é qué possível, pah?? Euu!!! A criatura que sempre se prometeu não voltar a deixar-se ser o que era, socialmente condicionada…e de repente, olho p’ra mim, de vislumbre, e vejo que estou a reverter o caminho?? Oh não!!
E não posso deixar-me fazer isso, não posso nem, quero…. E passo-me porque não sei mais como reverter e a corrente empurra-me contra corrente que desejo e preciso!
Dassseeeee, a minha loucura onde pára? A minha mania de pintchar logo de manhã cedo, de berrar e atirar-me ao pescoço das pessoas, de oferecer bicos feita descontrolada desvairada?…
Estava outro dia a minha criança muito chocada a dizer: lembras-te quando nos conhecemos? Tu aos berros no passeio, e eu pensei: tadinha é desequilibrada! Pois, lá stá, quero voltar a que pensem que o sou..pelo menos durante o dia e sóbria…
Porque sinto-me IDeadamente irritadiça comigo por agora sentir que preciso de álcool para me desinibir e fazer coisas que antes fazia ao pequeno-almoço!
Sim, há um ano e meio estava dividida quanto ao bem ou mal das minhas acções e tinha um certo confronto emocional quanto à correcção do meu comportamento…e sentia-me algo discriminada em alguns momentos…mas agora tenho saudades disso…saudades do que sentia, das pessoas, das reacções, da felicidade saltitante a rebentar no peito…
E já não me lembro, agora que penso, de me sentir com o peito a estoirar de tanta felicidade que me dá para beijar e abraçar toda a gente que tenho à volta! E eu fazia isso às 7h da manhã, com 1h de sono, e com um dia interminável de aulas, frequências e trabalhos pela frente…porque era mesmo feliz! Sem ser dependente de nada nem de ninguém, só de mim... era livre de pensamentos, de acções, de revoltas e de sentimentos…era irreal, rebelde e chocante..,.mas era mesmo feliz!
E quero voltar a sentir isso, a sentir-me viva, que não estou a deixar a minha vida percorrer incógnita e impessoal e anónima…quero deixar marcas no mundo e em mim…quero sentir que faço tudo e aproveito tudo e experimento tudo o que decidido fazer…quero deixar de ter medo do escuro, das visões, dos olhares, das opiniões, das censuras, do que é feio e bonito…
Quero voltar a ter colhões para mandar gente à merda, p’ra voltar a fazer as coisas mais estapafúrdias, para deixar de sentir um novo sentimento que me tem posto em reflexões assombradas: bolas, mas eu agora inibo.me e repenso os meus comportamentos, e avalio a minha postura e não faço coisas que me fazem feliz, só para não ser demasiado invasora, impertinente, criadora de frustrações nas pessoas, para não fazer as pessoas se sentirem mal com as suas tristes vidinhas e pessoas sequiosas e das suas almas desidratas, porquê?
Dou por mim a não berrar e abraçar com força porque a pessoa pode sentir-se rebaixada ou inibida, ou seja lá o que for…e em contrapartida sou eu que assumo essas características!
Mas, será que vale mesmo a pena perder-me a mim para encontrar alguém ou não lesar os outros?
Estive a ler as coisas mais estapafúrdias que possam imaginar que escrevi pr’ai no 2º ano da faculdade e fui atacada por um misto de orgulho e de sentimento: não me acredito que te vais deixar voltar a empurrar e vais deixar que te continuem a puxar para o poço de onde a tanto custo saíste, renovaste, renasceste e com o qual foste feliz!
Tinha 18 anos, era uma frustrada pseudo-deprimida, sem noção nenhuma do mundo, com medo do que há para além dos limites definidos, da aventura, do estapafúrdio, de viver só para ser feliz, de rejuvenescer, com sentimento de que tinha de ser assim porque tinha…sem saber quem eram, quem sou, o que sou…sem ser!
Lembro-me de quando tinha 15 anos ter feito uma lista: coisas a fazer para não me arrepender de deixar a minha adolescência passar-me à frente…
Se isto não é demonstrador nato, não sei que mais será!
E libertei-me, pus-me de quatro, berrei, cantei em coro, lutei pelo que era meu e nosso de direito, dei-me, entreguei-me, aos poucos ou um pouco…fui feliz, tão feliz. Perdi o medo, vi a vida como uma aventura a ser devorada todos os segundos, sorri, ri, relativizei, positivei mais que ninguém, sonhei, berrei de orgulho pelo que me tinha criado, para mim…sorri comigo, não numa de narcisismo, mas numa de sentimento de realização.
Sabem aquela ideia de quem ninguém muda? Eu tinha conseguido quebrar a corrente da viciação…e por isso não quer voltar a ser atada pelas correntes.
Tive a pensar o que queria fazer e não estou a fazer…por impossibilidade de tempo, de recursos, que, a pouco a pouco estão a associar se e a instalar-se a um certo sentimento de comodismo, de deixa estar que é mais seguro assim, afinal não tens de fazer…mas não tenho de fazer porque tenho de fazer por mim!!!
E dou por mim a sentir-me a puxar-me a minha própria, uma parte de mim a puxar a outra, para a reendireitar, para a repor no seu lugar, para a não deixar fugir..
Quero e preciso de teatro, de arte, de gente marada-controlado que me quebre essa santidade de que se esta a instalar à minha volta…preciso novamente de um ambiente que me alimente, que me deturpe do bom caminho, que me desaloje dos meus medos e convenções que me tentar fazer adoptar…preciso de mudar de ares adultos credíveis e responsáveis e bonitos…preciso dos meus ares universitários e despreocupados… nem lá já me consigo senti completamente a levitar, até lá já sinto gravidade e fios de nylon a tentar prender-me a língua, os saltos e os abraços… e vem a sangria para tentar libertar me e cortar o que me tenta prender à terra! Eu não era assim, eu não precisava disso para me assumir, e não quero voltar a perder-me!
Estava a tentar perceber de onde veio a peste - talvez com inicio nos estágios, talvez…mas o 4º ano já foi diferente, o espírito que nos corrói de tanto amor pelo mundo, pelas flores e pela condição humana já lá não estava… e começou-se a descer à terra, a ganhas convenções sociais renegadas que obviamente dão sempre jeito mas que cheiram mal… começa-se a tentar perceber os frustrados e isso e mau sinal, principalmente quando o mundo deles nos começa a fazer sentido e achamos que realmente, sim, é muito difícil saírem daquele estado depressivo!
Aleluiaaaa, sejam felizes e façam por isso… eu acreditava nisso antes…aliás, acredito!! Não é o sitio nem as pessoas, ok, as pessoas talvez sejam, que nos façam felizes.. mas somos nós que o decidimos ser ou não e que manipulamos o nosso meio para isso e as nossas vivências.
E agora sinto que nada está ao porte da minha mão, da minha decisão, da minha acção…sinto me a depender do mundo, dso sítios, das pessoas… até acho que tenho de me moldar porque pode chocar ou parecer mal…ok, no trabalho até se percebe, pior é quando me vejo a adoptar isso com as minhas pessoas que são livres de serem ou não minhas amigas e frequentadoras pessoais…
E agora estou a senitr medo de mim e do que dai possa advir daqui a uns tempos se não me travar!
Estava a ver o meu rebente de ar fresco, a culpa expressa desse rebentamento de lucidez e de amor próprio e de auto-estima escondidos e adormecidos, qual hibernação, há uns bons pares de meses… pode ser estúpido e pouco original, mas “às 5 pra meia noite”, ao contrário de me formatar, so me acorda os sentidos que anteriormente estavam despertou 60h por dia, para me mostrar que as coisas não acabaram!
Estou a sentir-me a acomodar….a querer ficar por Portugal, a abandonar projectos de emigração, porque é muito difícil conseguir (não porque não queira), a decidir onde trabalhar, a falar baixinho e sem, va, quase sem sotaque, a adiar coisas loucas que sempre quis experimentar, a não superara desafios e a não superar me… se não são sintomas não sei o que poderão ser!
E neste momento há alguém que se sente esclarecida…ainda há bocado estive a desafiar a minha bloggerzinha para amanhã desentupirmos os tragos de loucura, limparmos as vias condutoras, retirarmos a ferrugem dos canos da felicidade e da despreocupação da imagem…e simplesmente o conceito era relermos conversas estapafúrdias e livres, lermos um sketch que escrevi há uns tempos atrás e me assustou à bocado, de nos embebedarmos e expulsarmos tudo o que anda contigo há tanto tempo…
E porque se estou assim, se tenho evoluído neste sentido, vem em grande parte por uma coisa que vai ser assumida: a minha capacidade de influenciação por parte das pessoas que me são realmente importantes. E sim, somos sistemas integrados e interactivos, e se uma entra no ciclo, a outra, quase inevitavelmente, acaba por ser influenciada. Ninguém é gerador de nada, ninguém é iniciador de nada; são evoluções típicas ou atípicas, condicionadas pelo meio, pela vida, pelo que nos delimita e nos traça o caminho… somos o que somos no momento que somos, o que não determina o que está no genótipo expresso posteriormente em algo com façanhas diferentes.
Mas sinto que o fenótipo não tem de ser isso, sinto que o meu fenótipo fica triste e passivo, que, se bem que a minha vertente mais calma, fofinha, mais compreensiva (vaaa, so mais um bocadito, não exageremos), mais adaptadora, apesar de me fazer sentir bem e sentir a evoluir, o que indubitavelmente me faz falta; não deve resumir-se apenas a isto, não pode!!
Senão tudo aquilo que me constitui como singular e indomável e minimamente interessante, acaba por quebrar se!
Mantem-se a minha teoria que os extremos tem de permanecer para ser bons em ambos, que uma medialização para mim não serve, porque acaba por esbater os meus sentidos e perder-me nos dois pólos!
Não posso ser mais ou menos santa, mais ou menos simpática, mais ou menos compreensiva sempre…porque senão perco a minha capacidade de mandar a merda quem o deve ir e de transtornar quem quer transtornar, e fico pouco ambígua e perco a minha polinização e fico homogénea, sem cor e esbatida, num canto.,..esquecida e monótona como tantas outras iguais e bonitinhas, dentro dum belo molde para por na parede!
E sinto que preciso expulsar isso tudo para fora e preciso que expulsemos para voltarmos a sermos apenas um bocadinho do que éramos mas que nos fazia as pessoas mais feliezes de sempre! Nao implica a voltar ao nível de intenção, de maturidade (vaa, de maturidade gostaria) de antes; implica só voltar a sentier e a despreocupar!
Quero regredir, quero decrescer!
E por isso, para ter algo a me agarrar, para mostrar aos futuros zombies genéticos (casos venham a existir, o que não me cheira) o que era a versão jovial feliz que espero que renasça e se mantenha para todo o sempre; desafiei-te para a filmagem pós-vinho do porto branco caseiro da régua, para descamparmos noite adentro, filmarmos as maiores bacuradas, o que nunca diríamos sóbrias, as merdas mais assustadoras e mais verídicas, mas libertadoras…e fazer uma limpeza, um reset da alma, e senti-me vazia e aterrar no chão exausta e com um sentimento de dever cumprido. E mantê-lo, com esforço, mas como novo desafio a começar e a impor em Setembro!
E acabei de explusar um cálculo renal (não desses ideias) e espero rebentar e expelir a pedreira toda…e vocês leitorzinhos descampados, se querem que este blog volte a ser o que era, aconselho-vos a mandarem álcool, charros e hidromel à bloggers…
E quem nos arranjar uma câmara de filmar para amanhã fica como manager deste processo de repoloarização exurbitante…pelo menos minha.
E vou-me calar que já me sinto a levitar…
Quem me convida para fazer teatro?
Plim***
E num bou reler isso senão não posto de certeza:p
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1 comentário:
Holy f*****g s**t!!!! Just perfect....
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