ApOiaDooOooO...xiça penico burro com chatos!

Olá caros conterrâneos! Vamos lá discutir um assunto importante, muito importante mesmo:

Relações: dependência ou partilha?

É ligeiramente assutador ver-se a forma como os nossos amigos e conhecidos engrenam por essas vias...Pessoas fantásticas, divertidíssimas, extraovertidas e tudo mais, pessoas que adoramos e com quem partilhamos tanto...de repente, metamorfozarem-se!

Mas porque raio é que as pessoas decidem que as relações têm de ser de dependência? Por meros acasos, não tinham vida antes de começar a namorar? Se não tinham que tivessem!!! Que lata! E depois acontece que a vida deixa de ser vivida em função dos interesses e vontades do próprio e passa a ser vivida em função do outro... "Ai só vou à festa se ele fôr...", "ai não posso ir porque o meu namorado não gosta!", "ai eu queria ir mas a minha namorada quer ir jantar com os amigos, por isso está decidido...nem eu vou nem ela vai...ficamos em casa a ver um filme e acabam-se as xatices!"... E estamos nisso!

Quando as pessoas perceberem que as relações ou namoros (como lhes quiserem chamar!) são processos de partilha e não de dependência..então deixará de haver tantas relações infelizes!
Uma relação deve basear-se, segundo a minha perspectiva (digam-me sff se estiver errada), em confiança, lealdade (que é bem mais que fidelidade) e respeito pelo outro...para além de toda a componente emotiva associada à escolha do outro como parceiro!

O início de um namoro não tem de marcar uma ruptura com aquilo que éramos...apenas um enriquecer de nós próprios! Como uma grande pessoa uma vez me disse numa aula "não vivemos em vácuo, logo, cada pessoa resulta da soma das suas relações"...cada uma delas faz-nos descobrir uma nova parte desconhecida de nós próprios e faz-nos crescer por nós e para nós! Como é possível que as pessoas anulem este conceito e passem a viver em função de alguém? Quebram com tudo aquilo que defendiam, com tudo aquilo em que acreditavam e abdicam de tanta coisa só para agardar o outro. Será que é isto que se pretende?

Viver em função de alguém, definir a agenda e os horários em função de alguém, definir se se dorme bem ou mal dependendo se a pessoa nos responde ou não à mensagem de boa noite (já agora...quem é que inventou esta nhanhice?), definir roteiros de passeio, fim-de-semanas e afins...só em função de alguém?????????!!!!!!! Ok, urticária, rinite e tudo mais!
"Ai desculpa, não vou poder ir contigo ao cinema porque o meu namorado tem cá família e eu vou com ele visitá-los...e noutra altura não dá muito jeito porque ele anda ocupado, sabes...". Alooooooooô, convidei-te a ti, não ao teu namorado! Isto é o cúmulooooooooo...Como é que alguém pode considerar isto felicidade? Independência gente, independência!!! Mas desde quando é que temos de andar colados, a trocar msg de 12 em 12 minutos (quando não é com mais frequência), pensar de acordo com aquilo que o outro gostaria que pensássemos...isto é saudável? Viva a patologia!!!

Depois queixam-se que as relações são monótonas, que perdem o interesse, que o outro cobra tudo e mais alguma coisa e que está continuamente em crises de ciúme! Alllllllllôooooooo...são vocês que determinam isso!!! Se definissem inicialmente a relação como apenas mais uma que nos define, não deixariam de ter amigos, de ter hobbies, de ter tempo para tudo e para todos..e sabem que mais? Eram tãoooooooooooooooo mais felizes!!! Porque como seres humanos que somos precisamos de nos sentir vivos, activos, e não é ao pôr a nossa vida a rodar em torno de uma única relação que isso poderá concretizar-se! Precisamos de nos sentir bem com todos os outros (amigos, família, colegas) para nos sentirmos bem connosco e, de forma directa e linear, nos sentirmos bem com o parceiro e termos uma boa relação com ele. Isto faz sentido para alguém???

Outra coisa que acho lindaaaaaa...Ciúmes!!! Mas que coisa...no mínimo diarrética (desculpem o termo)! "Oh moree, só vais se eu fôr!", "oh more, vê lá o que fazes", "oh more, não me traias sff, tá bem?"....LolOLOlLlolOlolol...será necessário comentar? Lá está...quando se é inseguro e se vive em função de alguém dá isto! Só fazemos o que o outro nos "permite"; temos medo do outro interpretar qualquer coisa mal (logo, deixa-se de falar e de ser simpático com as pessoas do sexo oposto! E nada de contacto físico sff!!!); pomos malícia em tudo, acusamos e olhamos de canto para o outro, nas coisas mais básicas como, o telemóvel a anunciar a chegada duma mensagem "quem é more?"...Daí que se passem noites em branco a pensar "será que ela vai dançar com alguém na discoteca? A esta hora deve ter alguma gaja agarrado a ele...será que ele me traiu?" Ó gentes, e acabarem com relações doentias, não??? Xiça penico!Até me dá um AVC a mim, só de pensar! Ai, e depois dá-se aquelas coisinhas riquinhas que é não conseguirem tar num grupo sem tar coladinhos...há que prevenir qualquer fuga, aiai! E então as relações com as pessoas à volta são diferentes, porque não são suficientemente inteligentes e independentes para perceberem que podem estar colados no fim do encontro em grupo e que, naquele momento, é para darem atenção às outras pessoas que não o/a namorado/a!

Olheem, depois queixem-se que ficam sem amigos e sem vida social e que, quando acabam as relações fantásticas e belíssimas (a maior parte de fachada), quase morrem por ver que perderam tudo! Depois vêm "ah e tal, até tinhas razão, não devia ter vivido em função dele porque agora não tenho vida!". Toca a reaprender a viver...!

Mas um pormenor ainda mais bonito (como quem diz, manhoso) são as "relações por relações"! Passo a explicar: começar a namorar porque é bonito; porque pode vir, se calhar, nalgum momento, a ser engraçado; para ter com quem sair ao domingo à tarde, em vez dir pó café ou ficar em casa; para ter com quem sair à noite; porque a família diz "ai, coitadinho/a, ninguém te quer"...BAAAAAAAAAA...tão a ver o género? É isso tudo...isso é que eu acho lindo!! E depois tá-se com o outro para passar tempo e em contínuo remorço por se estar a deixar passar milhentas de oportunidades desejadas, por culpa dum namoro! Depois andam paí felizes, ou então não...enfim, pobres crianças! Ó gente, já não tamos na Era em que as meninas tinham de ter "namoro" (linda expressão!) para poder sair de casa, sim? Enfinheeeeee...nem digo mais nada!

Sabem que mais? Amem-se, curtam, namorem, chamem-lhe o nome que preferirem..mas não se esqueçam de manter a sanidade mental e a individualidade, pleaseeee!!! Sejam felizes..só isso!

Passo a palavra à "se não sou eu és tu" para nos citar algumas formas fantásticas de declarar a vossa "possessão" à pessoa envolvida...Vai ser tipo "Acção de formação para quem não quiser levar com uma trampa (isto existe?) nas bentas quando quiser dizer o que sente ao outro"...acreditem que vale a pena! ;)

Quanto a mim...despeço-me!

Espero poder salvar alguma relação presente ou futura com isto...só uma, por favor!!!!!!!!

Cumprimentos anticonvencionalizantes... plim plim*